Iniciar um novo ano é sempre um renovar de esperança, um afirmar de aspirações de que algo de positivamente novo se concretize , um renovar de energias individuais e coletivas, um repensar os caminhos trilhados e o ritmo imprimido aos avanços conseguidos. É bom iniciar um novo ano com ânimo renovado. A escravatura do desemprego tira-nos a alegria, a liberdade e o orgulho de ser gente e de ser povo. A pobreza individual e coletiva torna-nos triste gente de mão estendida e vivendo de expedientes.
O ano de 2015 vai oferecer ao povo português um grande festival, onde a retórica, a canção de embalar, o desfile de ranchos folclóricos, irão exibir-se neste palco a que chamamos país e tendo como espetadores este povo português. Do vira ao malhão, dos paliteiros ao fandango, do canto alentejano ao corridinho, tudo será cantado tendo como cenário de fundo o nosso triste fado e como estrado a vida de tantos resignados a uma vil e humilhante sobrevivência. Como aspiramos a que desta vez seja diferente e que alguma coisa se tivesse aprendido...
Este ano poderá ser melhor, muito melhor. Se por uma vez as preocupações comuns fossem catalisadoras de energias, de propostas compatíveis, de gestão responsável, de visão alargada, do surgimento de homens e mulheres que se assumam como construtores da grande casa nacional...
Uma grande parcela do povo português é prisioneira e vítima das múltiplas carências, mas tal não é o nosso destino coletivo. Quero para todos os meus concidadãos um ano positivo. Aqui deixo este sentir inspirador que desejo dirigido aos mais sofridos, aos que honradamente se dedicam, nas múltiplas formas, ao serviço e construção do bem comum e a todos os meus concidadãos em geral: "que o Senhor te abençoe e te proteja, que faça brilhar sobre ti a Sua face e te seja favorável, que dirija para ti o Seu olhar e te conceda a paz".
Um bom ano de 2015!