terça-feira, 1 de janeiro de 2013

2013

 
 
 
Era costume dizer-se aquando do início dum novo ano : "ano novo vida nova". Até se chamava ao primeiro dia do ano dia de "ano bom". O ano de 2013 apresentou-se e as credenciais de que é portador não parecem ser muito auspiciosas no que se refere à dimensão social, económica e política. A luz da esperança colectiva continua pálida, o ânimo faz parceria com o desânimo, a partilha continua a ser reclamada pela necessidade, a prevenção é mais motivadora do que a inovação e a expectativa torna-se em espera paralisante. E apesar de tudo isto é necessário enfrentar o novo ano com a coragem de quem sabe que o ânimo dum povo é mais forte, mais inventivo e mais empreendedor que as muitas adversidades que em cada etapa do seu progredir vai tendo de enfrentar. Assim junto neste dia, que é o primeiro deste ano de 2013, o meu sentimento de conjugação de energias  e de querer colectivo para empreender-mos com raiva e persistência as tarefas necessárias para começar a sarar as dolorosas feridas colectivas que continuam a sangrar e a provocar tanto sofrimento e tanta frustração.
 Saúdo os que mais sofrem, os que vêem as suas vidas caírem no vasio, os que são cilindrados pela tragédia do desemprego desesperado, os que se viram transformados em gente de mão estendida. Não podemos esbanjar a energia colectiva.
Saúdo os meus concidadãos que de forma honesta, persistente e inventiva servem o bem comum na diversidade das múltiplas funções, especialmente a função política.
Repudio a arte do populismo que tenta cavalgar o justo descontentamento para aceder mais facilmente à tribuna do poder. Somos vítimas do irresponsável exercício do poder e o que menos necessitamos é do castigo de respostas irresponsáveis diferenciadas apenas pela cor da tinta com que são escritas as palavras.
Apesar de tudo o futuro está à nossa frente e não lhe podemos voltar a nossa cara. Bom ano de 2013.