domingo, 25 de dezembro de 2016

Natal de 2016

 
Neste mês de Dezembro tive o privilégio de ver que a minha família foi presenteada com o nascimento de duas crianças. Quer num caso quer noutro o processo que antecedeu o início desta nossa humana maneira de existir, foi vivido com afã e um nível acrescido de ansiedade e preocupação. Todos os membros da família viveram tempos de expetativa e todos jubilaram quando puderam dizer uns aos outros: " já nasceu, está bem e é uma robusta criança." Estamos felizes.
Hoje é dia de Natal e dou comigo a olhar não para um , mas para três meninos. Um chama.se Nuno, outro Lourenço e o outro Jesus. Felicito com simplicidade e verdade os seus progenitores: o Luís e a Maciel, o José e a Filipa e o José e a Maria.
Cada uma destas crianças é um presente de Deus para a humanidade oferecido através das mãos delicadas, mas corajosas de suas mães e do apoio incondicional de seus pais.
Hoje contudo quero ter uma palavra especial para o Menino Jesus. Não necessita do meu aplauso, mas eu  necessito de o aplaudir tendo presente que Ele se tornou na Luz que ilumina a existência de todos os humanos. Ele surge como o Senhor da História, quer O aceitemos, quer O ignoremos, ou quer O rejeitemos. Ele é a gratuidade de Deus para a humanidade e a ninguém exclui da casa comum.
Partilho com quem por acaso ler esta mensagem o meu profundo sentido de louvor e ação de graças.
Boas Festas.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Aplauso

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Apesar de ser apenas a expressão de um anónimo sem importância mais significativa que a do grão de areia no vasto areal, ou do que a da força impulsionadora da gota de água integrada na onda que avança e retrocede, sinto-me motivado a aplaudir com a intensidade de que sou capaz a nomeação do Eng.º António Guterres para Secretário Geral das ONU. Não é uma questão de bairrismo, mas alegra-me que seja meu concidadão, que partilhe a história do meu povo, que tenha sido moldado pela cultura que forjou a minha personalidade, que assuma os valores que balizam e inspiram a nossa comum forma de viver, que partilhe uma visão da existência humana que não se esgota nem se confina nas fronteiras estreitas e efémeras do tempo e do espaço.
A sua ação no exercício do cargo que vai assumir não vai circunscrever-se a um povo, a um estado, a uma ilha, ou a um continente. Toda a sua palavra e todo o seu silêncio, toda a sua ação e toda a sua omissão, toda a sua denúncia e todo seu alheamento, toda a sua aproximação e toda a sua distanciação, toda a dinâmica de reforma e toda a condescendência com a as forças paralisantes, irão influenciar toda a humanidade em geral, mesmo quando dirigidas a uma situação específica, a um espaço particular, ou a um tempo limitado.
É verdade que é esperar muito, talvez demasiado, da capacidade dum homem que não é um alguém que vem duma outra galáxia, nem um "super" que veio duma outra realidade, por isso e com a simplicidade de quem assume a limitação e a precariedade, solicito com confiança que a Sabedoria, o Entendimento e a Fortaleza do Espírito Divino não o abandonem em favor de toda a humanidade e em atenção a todos os homens e mulheres de boa vontade que procuram fazer da nossa casa comum um grande espaço onde todos possamos viver com dignidade e onde cada um se sinta acolhido e respeitado por todos os demais.
Este é o meu sentir que partilho com algum aventureiro que se deparar com esta mensagem.


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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Olhar e ver


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Nem sempre olhar é sinónimo de ver. Ver as coisas é mais que olhar para elas. Olhar para as pessoas não significa que as tenha visto, pois ver é também conhecer ou reconhecer e tal não é possível sem estabelecer de forma implícita ou explícita um movimento relacional com um outro pessoal. O que sucede é que passo muito mais tempo a olhar do que a tentar ver, pois ver é comprometedor e apenas olhar deixa-me tranquilo no meu castelo vislumbrando a paisagem em dia de sol ou em dia de nevoeiro.
Corre célere e insistente a notícia da morte física desse grande homem e grande crente que é Shimon
Peres. É para a humanidade um ponto de referência e a expressão do que de mais positivo nela existe.
Olhar para este acontecimento procurando ver o muito que ele encerra como apelo e proposta é ir para além do cerimonial e aceitar o desafio ao diálogo como caminho para o reconhecimento do outro com vista à reconciliação e à paz. Paz para crentes  e para descrentes, paz para esta religião e a outra, paz para o meu povo e para o outro povo, paz para mim e pra ti.
Há que homenagear os que expressam de forma significativa os anseios de liberdade do seu povo em respeito pelos demais povos, há que não deixar sem resposta empenhada o convite a avançar rumo à paz. Apelo com insistência e confiança transformada em convite a que esse grande judeu chamado Jesus Cristo participe nas celebrações animando o diálogo entre todos os participantes.