terça-feira, 21 de junho de 2011

honra e lealdade

 Tomou hoje posse o novo governo resultante da manifestação da vontade do Povo Português expressa nas eleições do passado dia 5 de Junho. É um governo que saúdo e que me surpreende pela positiva pela novidade de algumas escolhas e pela disponibilidade manifesta para servir em tempo de incerteza, de conflito anunciado, de pressão constante, de risco colectivo.
 Ouvi os discursos de posse do novo governo, quer do Presidente da República, quer do Primeiro Ministro Passos Coelho. Ambos os discursos encontraram eco no que penso e sinto. É preciso actuar rápido e bem, pois actuar em tempo útil é meio caminho para a eficácia.
 As duas palavras chaves proclamadas e ouvidas foram "honra" e "lealdade". Homens e mulheres que perante o País se comprometem pela sua honra ser leais para com o seu Povo são dignos de aplauso e de receberem a confiança dos seus concidadãos. Para eles a coragem, a sabedoria, o entendimento e a eficácia na sua actuação.
 Também hoje foi eleita a Drª Assunção Esteves para Presidente da Assembleia da República. Um grande aplauso. Valeu apena a baralhada do deputado Fernando Nobre para abrir caminho para tornar possível esta eleição. Passos Coelho mostrou inteligência e surpreendeu pela resposta dada a um passo falhado.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O dia seguinte

Dificilmente o dia seguinte é igual ao dia que o antecedeu, ou porque está mais sol e mais calor, ou porque está mais nublado ou, ou... De facto o dia de hoje está menos claro que o dia de ontem, apesar deste se ter apresentado com um certo calor de trovoada.
Ontem o povo saiu á rua de forma ordeira e pacífica como quem vai realizar um ritual comemorativo, mas também como quem vai iniciar uma nova jornada matizada com as cores da esperança e da apreensão. Foi dia de eleições legislativas que decorreram com laivos de solenidade e de celebração da igualdade. Cada qual tinha um voto e tanto valeu o voto do pobre como o voto do rico, o voto do sábio como o voto do ignorante, o voto do que ganha o salário mínimo como o daquele que saca por mês o equivalente a cem anos ou mais desse  referido salário. Por um momento fomos todos iguais em valor.
No final da tarde e já as luzes da cidade supriam a retirada do sol, assistimos com o espanto de muitos, com a satisfação de muitos mais, com a triunfante resignação de bastantes e a mal disfarçada desilusão duns tantos, ao resultado da votação transformada em decisão soberana. Como consequência dessa magna decisão Sócrates, enquanto político, tomou a sua dose de cicuta, Paulo espreitou à porta do poder e Passos subiu as escadas do palanque do poder instalado no meio da grande praça da República. Cantou-se o Hino Nacional e fomos todos descansar pois o dia seguinte era dia de trabalho.

Passos Coelho pertence à nova geração de jovens políticos e se não se pode apoiar na sua experiência de governação, pode e deve olhar para o futuro e a partir da expectativa dum povo e assente na realidade do presente construir honradamente e em cada dia a concretização da esperança colectiva. Para ele invoco a inteligência e a sabedoria nos muitos momentos de solidão que vai ter de viver antes das muitas decisões. Que sejam dados passos decididos no caminho da honradez, da Justiça, da coesão social  e do crescimento integrado. O quintal está cheio de ervas daninhas que ameaçam abafar algumas das boas árvores anteriormente plantadas.

Saudações ao novo primeiro Ministro e ao novo Governo que em breve vai ser constituído.