segunda-feira, 30 de março de 2009

Páscoa/2009


Como estamos em tempo de preparação para a Páscoa e tentando ir mais além dos folares, das amêndoas, dos coelhinhos, e dos chocolates, aqui deixo um conjunto de contactos de emergência, que poderão ser úteis a quem caminha pelos nublados caminhos da existência: quando estiveres triste, liga: João 14; quando as pessoas falarem de ti, liga: salmo 27; quando estiveres nervoso, liga: salmo 51; quando estiveres preocupado, liga: Mateus 16/19-34; quando estiveres em perigo, liga: salmo 91; quando Deus parecer distante, liga: salmo 63; quando a tua precisar de ser reavivada, liga: Hebreus 11; quando estiveres só e com medo, liga: salmo 23; quando fores áspero e crítico, liga: 1 Coríntios 13; para saber o segredo da felicidade, liga Colossenses 3/12-17; quando te sentires triste e sozinho, liga: Romanos 8/31-39; quando necessitares de paz e descanso, liga: Mateus 11/25-30; quando o mundo te parecer maior que Deus, liga: salmo 90.
Efectuando estes contactos tavez cheguemos à Páscoa com um pouco de serenidade para aceitar o que não podemos mudar, alguma coragem para mudar o que podemos mudar, e alguma sabedoria para reconhecer a diferença.

domingo, 22 de março de 2009

Reflexões de fim de semana




Vivemos a crítica experiência da crise. É a crise á direita, é a crise à esquerda, é a crise ao centro, é a crise da família, é a crise da juventude, é a crise da idade adulta, é a crise da idade mais avançada, sem falar da crise do desemprego e do emprego, do consumo e da quebra do consumo, da mudança e da estagnação, das aprendizagens e dos modelos exaustos e incapazes de gerar confiança individual e colectiva. Precisamos de recuperar a sabedoria para construir algo de novo. A polémica acerca da dificuldade de entendimento para nomear um novo Provedor de Justiça faz-me pensar: será que não há na nossa sociedade alguém que seja reconhecido como uma pessoa que tenha uma concepção sábia da aplicação da justiça? Será que há muitas justiças? Será que alguém tem o monopólio da justiça? Hoje o Papa Bento XVI está em Angola. O continente africano merecia esta presença e este apelo a que sejam vencidos os traumas históricos da escravatura, da exploração, do sub-desenvolvimento, da corrupção, da guerra, da ignorância e da fome. Também hoje recordei um diálogo de Jesus Cristo com Nicodemos em que este ouve Cristo dizer-lhe que quem não nascer de novo será incapaz de construir uma nova ordem assente na justiça, na verdade, no amor e na paz. As velhas mentalidades são incapazes de gerar novas dinâmicas.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Eleições Europeias

Realizam-se no dia 7 de Junho as eleições para o Parlamento Europeu. A ideia de uma Europa unida começou por ser um sonho de filósofos e visionários desfeito pelos trágicos conflitos que assolaram o continente na primeira metade do século XX. Das cinzas da destruição renasceu a esperança, animada por estadistas corajosos como Robert Schuman, Konrad Adenauer, Alcide de Gasperi e Winston Churchil, no surgimento de uma nova era apoiada em estruturas baseadas em interesses comuns e assentes em tratados que garantissem o primado da lei e a igualdade das nações. No início deste sécilo XXI a União Europeia assume como grandes objectivos: assegurar a paz, a prosperidade e a estabilidade às suas populações; consolidar a reunificação do continente; garantir a segurança dos cidadãos; promover um desenvolvimento económico e social equilibrado; vencer os desafios da globalização e preservar a diversidade dos povos europeus; fomentar os valores que os europeus partilham, como o desenvolvimento sustentável, a qualidade do ambiente, os direitos humanos e a economia social do mercado. A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, proclamada em Nice, em 7 de Dezembro de 2ooo, enuncia todos os direitos actualmente reconhecidos pelos Estados-Membros e respectivos cidadãos e é, sem dúvida, um marco na afirmação da UE como um espaço de cidadania comum baseada em valores. Com os seus 500 milhões de habitantes e alicerçada numa cultura que moldou todo o mundo ocidente e não deixou indiferente a restante parte, a União Europeia no seu processo de aprofundamento, consolidadação e alargamento à escala continental, prepara-se a para curto prazo ser constituída por 30 estados membros. O que ao longo da história não foi conseguido pela força das armas está sendo conseguido pela força da razão e pelo caminho do diálogo baseado na afirmação dos valores comuns e no pricípio de que a união faz a força. No próximo mês de Junho os cidadãos da União Europeia vão escolher através de eleições livres e democráticas os seus representantes nacionais ao Parlamento Europeu. È um acto importante e indispensável no processo de participação e afirmação da identidade do cidadão europeu.

domingo, 1 de março de 2009

Reflexões de fim de semana









Este fim de semana está sendo pródigo em propostas de reflexão com capacidade de provacar aterações qualitativas na forma do viver tanto individual como colecivo. Apesar das fontes de que dimanam estas reflexões serem diferentes, elas fornecem água de boa qualidade capaz de saciar a sede humana na sua dimensão individual e comunitária. Surgiram propostas de avanço progressivo rumo a uma sociedade mais adulta na vivência democrática, caminhando pelas vias da responsabilidade, da sobriedade, da valorização individual, da responsabiidade e coesão social, da convergência de esforços e da introdução de mudanças qualitativas no modelo social e económico. Estas propostas são dignas de serem apoiadas e transformadas em responsáveis compromissos politicamente assumidos e democràticamente implementados. Sejam honrados, respeitados, apoiados e reconhecidos todos quantos investem o melhor de si mesmos na implementação responsável duma nova e progressista dinâmica social. Todos os contributos são poucos, mas necessários, para mudar com sucesso a página da crise social em que estamos todos atolados. Duma segunda fonte que surge no limitado horizonte humano brotam prespectivas novas de crescimento em humanidade sintetizadas em palavras fortes tais como: renascimento para uma convivência humana assente na justiça, organização social baseada na integração e na corresponsabilidade, desinstalação individual rumo a um plano mais elevado, opção estratégica pelo ser que leve a que o ter e o poder estejam ao serviço da pessoa humana, superação do imediato e do intolerável a favor do consistente e do libertador. É sabido que estas múltiplas propostas não surgem em estado puro, mas misturadas em várias escórias e materiais tóxicos que importa ir separando e eliminando. Não podemos comer os parasitas que sempre surgem nos vários produtos de que nos alimentamos, mesmo quando são produtos de boa qualidade.