segunda-feira, 10 de junho de 2019


10 de Junho de 2019
 
Hoje sinto rejuvenescido o meu orgulho de ser português. Isto não quer dizer que me considere superior a qualquer outro cidadão de diferente nacionalidade, mas sim que não me considero inferior a nenhum deles.
Assisti através da transmissão televisiva às celebrações ocorridas em Portalegre, ouvi as palavras desinibidas de um natural desta cidade convidado para presidir às mesmas e o discurso simples, claro, denunciador, motivador, congregador e mobilizador do Presidenta da República, bem como sem qualquer sentimento belicista apreciei o desfilar orgulhoso das forças de segurança que com eficácia garantem que o meu País é um lugar onde se poderá viver com acrescida segurança.
Também não sou insensível ao feito desportivo da nossa seleção de futebol ganhando ontem na invicta cidade do Porto a 1ª taça das nações. Parabéns!
 
 
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terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Natal 2018


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Nesta tarde de Natal estou fazendo a agradável experiência do que é viver e conviver. A consciência do viver resulta do encontro tranquilo comigo mesmo e a experiência do conviver resulta da natural abertura aos outros e a todo o outro. Olhar pela janela da minha afetividade e contemplar o sorriso da criança, a encantadora esperança do jovem, a desajeitada manifestação afetiva do apaixonado, a confiança do adulto e a saudade resignada do idoso, leva-me a sentir que o melhor da vida é o gostar de viver. Olhar pela janela da fé leva-me a sentir que a vida tem significado em cada momento em que é vivida e tem sentido porque tem futuro. Assim neste Natal estou em comunhão com a diversidade das experiências humanas de todos os humanos e com a transcendente união entre a dimensão humana  e a dimensão divina.
Natal é a sempre a surpreendente celebração festiva que me faz valorizar toda a vivência humana e contemplar embevecido o encontro da dimensão divina com a dimensão humana. Assim a humanidade é uma criança que nasce em Belém e a manifestação de Deus que nos sorri através do sorriso dessa mesma criança.
Tenho à superfície do meu consciente a aclamação hoje proclamada: "glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados".

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

A gestão do escasso

Gerir a abundância é normalmente sinónimo de esbanjamento e demissão de procura de soluções que permitam atempadamente prevenir que o que agora abunda não seja o caminho mais curto para uma situação de crítica escassez. A abundância generalizada da água levou a que em tempo útil não fossem tomadas as medidas necessárias, não só no que se refere ao aprovisionamento, mas também à preservação da sua qualidade. Chegado o tempo da seca severa e ou muito severa assistimos  com um misto de pesar e de censura ao carpir de mágoas, á procura do subsídio e á retórica trovejante que produz barulho mas não faz cair a chuva. Será que faremos o que responsavelmente já deveria ter sido feito? Será que teremos de continuar a rezar em múltiplas e bafientas capelas, defendendo que o meu santo é mais milagreiro que o das capelas vizinhas, em vez de perceber que a eficiência vive mal
com a burocracia instalada e com a incompetência arrogante e ineficaz?
 
 
 

domingo, 28 de janeiro de 2018

regresso


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Após uma grande ausência aqui estou de novo para falar ao vento, acenar às estrelas, acariciar o sol, sorrir a quantos se cruzam comigo no irregular caminho da vida e aplaudir aqueles que cantam a canção do amor e da amabilidade. Pode não parecer grande presença, mas é o que neste momento sinto e tenho para partilhar. Isto faço com prazer e gratuidade, expressando assim a minha gratidão à vida, a minha abertura aos outros, a minha entrega nos braços do amanhã e o meu encantamento perante a flor do cardo que enfrenta a aridez do deserto.
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domingo, 25 de dezembro de 2016

Natal de 2016

 
Neste mês de Dezembro tive o privilégio de ver que a minha família foi presenteada com o nascimento de duas crianças. Quer num caso quer noutro o processo que antecedeu o início desta nossa humana maneira de existir, foi vivido com afã e um nível acrescido de ansiedade e preocupação. Todos os membros da família viveram tempos de expetativa e todos jubilaram quando puderam dizer uns aos outros: " já nasceu, está bem e é uma robusta criança." Estamos felizes.
Hoje é dia de Natal e dou comigo a olhar não para um , mas para três meninos. Um chama.se Nuno, outro Lourenço e o outro Jesus. Felicito com simplicidade e verdade os seus progenitores: o Luís e a Maciel, o José e a Filipa e o José e a Maria.
Cada uma destas crianças é um presente de Deus para a humanidade oferecido através das mãos delicadas, mas corajosas de suas mães e do apoio incondicional de seus pais.
Hoje contudo quero ter uma palavra especial para o Menino Jesus. Não necessita do meu aplauso, mas eu  necessito de o aplaudir tendo presente que Ele se tornou na Luz que ilumina a existência de todos os humanos. Ele surge como o Senhor da História, quer O aceitemos, quer O ignoremos, ou quer O rejeitemos. Ele é a gratuidade de Deus para a humanidade e a ninguém exclui da casa comum.
Partilho com quem por acaso ler esta mensagem o meu profundo sentido de louvor e ação de graças.
Boas Festas.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Aplauso

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Apesar de ser apenas a expressão de um anónimo sem importância mais significativa que a do grão de areia no vasto areal, ou do que a da força impulsionadora da gota de água integrada na onda que avança e retrocede, sinto-me motivado a aplaudir com a intensidade de que sou capaz a nomeação do Eng.º António Guterres para Secretário Geral das ONU. Não é uma questão de bairrismo, mas alegra-me que seja meu concidadão, que partilhe a história do meu povo, que tenha sido moldado pela cultura que forjou a minha personalidade, que assuma os valores que balizam e inspiram a nossa comum forma de viver, que partilhe uma visão da existência humana que não se esgota nem se confina nas fronteiras estreitas e efémeras do tempo e do espaço.
A sua ação no exercício do cargo que vai assumir não vai circunscrever-se a um povo, a um estado, a uma ilha, ou a um continente. Toda a sua palavra e todo o seu silêncio, toda a sua ação e toda a sua omissão, toda a sua denúncia e todo seu alheamento, toda a sua aproximação e toda a sua distanciação, toda a dinâmica de reforma e toda a condescendência com a as forças paralisantes, irão influenciar toda a humanidade em geral, mesmo quando dirigidas a uma situação específica, a um espaço particular, ou a um tempo limitado.
É verdade que é esperar muito, talvez demasiado, da capacidade dum homem que não é um alguém que vem duma outra galáxia, nem um "super" que veio duma outra realidade, por isso e com a simplicidade de quem assume a limitação e a precariedade, solicito com confiança que a Sabedoria, o Entendimento e a Fortaleza do Espírito Divino não o abandonem em favor de toda a humanidade e em atenção a todos os homens e mulheres de boa vontade que procuram fazer da nossa casa comum um grande espaço onde todos possamos viver com dignidade e onde cada um se sinta acolhido e respeitado por todos os demais.
Este é o meu sentir que partilho com algum aventureiro que se deparar com esta mensagem.


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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Olhar e ver


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Nem sempre olhar é sinónimo de ver. Ver as coisas é mais que olhar para elas. Olhar para as pessoas não significa que as tenha visto, pois ver é também conhecer ou reconhecer e tal não é possível sem estabelecer de forma implícita ou explícita um movimento relacional com um outro pessoal. O que sucede é que passo muito mais tempo a olhar do que a tentar ver, pois ver é comprometedor e apenas olhar deixa-me tranquilo no meu castelo vislumbrando a paisagem em dia de sol ou em dia de nevoeiro.
Corre célere e insistente a notícia da morte física desse grande homem e grande crente que é Shimon
Peres. É para a humanidade um ponto de referência e a expressão do que de mais positivo nela existe.
Olhar para este acontecimento procurando ver o muito que ele encerra como apelo e proposta é ir para além do cerimonial e aceitar o desafio ao diálogo como caminho para o reconhecimento do outro com vista à reconciliação e à paz. Paz para crentes  e para descrentes, paz para esta religião e a outra, paz para o meu povo e para o outro povo, paz para mim e pra ti.
Há que homenagear os que expressam de forma significativa os anseios de liberdade do seu povo em respeito pelos demais povos, há que não deixar sem resposta empenhada o convite a avançar rumo à paz. Apelo com insistência e confiança transformada em convite a que esse grande judeu chamado Jesus Cristo participe nas celebrações animando o diálogo entre todos os participantes.


domingo, 24 de maio de 2015

Festa do Espírito Santo 2015

 
Com o passar do tempo, medido em anos e mesmo em décadas, vamos percebendo que  a nossa vida se manifesta através duma estranha forma de viver. É que quando sonhamos não sabemos se estamos dormindo, quando procuramos não sabemos se estamos fugindo, quando caminhamos não sabemos se estamos num caminho ou num beco sem saída, quando imaginamos não sabemos se estamos em estado de alienação e quando lutamos tanto podemos estar a preparar a guerra como a paz. O que nos vai confortando é a ligeireza com que vamos planando e a subtileza com que afagamos a realidade, como gatos deslizando sobre brasas cobertas de cinza mas ainda não apagadas. O saber de experiência feito diz-nos que a vida consciente não é pacífica, sobretudo quando não nos deixamos embriagar pelo acessório, quando não nos contentamos com respostas simplistas, quando não nos armamos em moralistas de conveniência, quando teimamos em procurar mesmo com pouca luz, ou quando recusamos propostas de verdade que mais parecem engodo do que alimento que nos faça crescer.
Hoje invoco com a simplicidade duma criança, que estragou o brinquedo e recorre ao pai para a  ajudar a repara-lo, a ação mobilizadora do Espírito Divino. Sei que pode ser entendido como sinal de fraqueza e de facto esta é manifesta, mas não me resigno a um horizonte fechado, cinzento e onde a única expetativa é aguardar resignado a tempestade destruidora da terra fecunda, das habitações humanizadas, das pontes sobre os abismos e dos terreiros onde mesmo à noite se dança e canta a alegria de viver.
Aqui deixo estas estrofes dum poema que ouvi, como quem escuta uma mensagem que  chega do Infinito, na liturgia deste domingo chamado e celebrado como o dia do Espírito Santo: "vinde ó Santo Espírito, vinde amor ardente, acendei na terra vossa luz fulgente; benfeitor supremo em todo o momento, habitando em nós sois o nosso alento; abrandai durezas para os caminhantes, animai os tristes, guiai os errantes."
 

sábado, 4 de abril de 2015

Páscoa 2015

 
 
 
Tenho a alegria de viver a celebração pascal de 2015 com um misto de agradecimento à Vida, com a certeza de que, apesar desta constante mistura existencial entre uma partilha mesclada de contradições, uma quase permanente experiência e constatação de tanto sofrimento  injusto, um emudecer triste perante o passeio da morte na terra dos vivos, ainda há razão para acreditar que haverá sempre um amanhã pascal que nos permitirá gritar um aleluia triunfante.
Alegro-me com todos quantos aproveitam estes dias para descontrair e fintar a rotina a que pagam tributo pesado. Sintonizo com quantos se erguem sobre os escombros da injustiça, dos fanatismos, das manipulações e proclamam: "por muito que demore estas barreiras vão cair". Celebro com muitos dos meus contemporâneos a certeza de que a vida de cada ser humano tem sentido e a esperança desafiante de que cada ser humano é um projeto afirmativo que transvasa para lá das contingentes barreiras do tempo e do espaço. É que o Senhor da Vida é também o Senhor da nossa história. Nesta Páscoa celebro a VIDA e proclamo o meu hino à VIDA.
 

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Saudação para 2015


 
Iniciar um novo ano é sempre um renovar de esperança, um afirmar de aspirações de que algo de positivamente novo se concretize , um renovar de energias individuais e coletivas, um repensar os caminhos trilhados e o ritmo imprimido aos avanços conseguidos. É bom iniciar um novo ano com ânimo renovado. A escravatura do desemprego tira-nos a alegria, a liberdade e o orgulho de ser gente e de ser povo. A pobreza individual e coletiva torna-nos triste gente de mão estendida e vivendo de expedientes.
O ano de 2015 vai oferecer ao povo português um grande festival, onde a retórica, a canção de embalar, o desfile de ranchos folclóricos, irão exibir-se neste palco a que chamamos país e tendo como espetadores este povo português. Do vira ao malhão, dos paliteiros ao fandango, do canto alentejano ao corridinho, tudo será cantado tendo como cenário de fundo o nosso triste fado e como estrado a  vida de tantos resignados a uma vil e humilhante sobrevivência. Como aspiramos a que desta vez seja diferente e que alguma coisa se tivesse aprendido...
Este ano poderá ser melhor, muito melhor. Se por uma vez as preocupações comuns fossem catalisadoras de energias, de propostas compatíveis, de gestão responsável, de visão alargada, do surgimento de homens e mulheres que se assumam como construtores da grande casa nacional...
Uma grande parcela do povo português é prisioneira e vítima das múltiplas carências, mas tal não é o nosso destino coletivo. Quero para todos os meus concidadãos um ano positivo. Aqui deixo este sentir inspirador que desejo dirigido aos mais sofridos, aos que honradamente se dedicam,  nas múltiplas formas, ao serviço  e construção do bem comum e a todos os meus concidadãos em geral: "que o Senhor te abençoe e te proteja, que faça brilhar sobre ti a Sua face e te seja favorável, que dirija para ti o Seu olhar e te conceda a paz".
Um bom ano de 2015!