quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

A gestão do escasso

Gerir a abundância é normalmente sinónimo de esbanjamento e demissão de procura de soluções que permitam atempadamente prevenir que o que agora abunda não seja o caminho mais curto para uma situação de crítica escassez. A abundância generalizada da água levou a que em tempo útil não fossem tomadas as medidas necessárias, não só no que se refere ao aprovisionamento, mas também à preservação da sua qualidade. Chegado o tempo da seca severa e ou muito severa assistimos  com um misto de pesar e de censura ao carpir de mágoas, á procura do subsídio e á retórica trovejante que produz barulho mas não faz cair a chuva. Será que faremos o que responsavelmente já deveria ter sido feito? Será que teremos de continuar a rezar em múltiplas e bafientas capelas, defendendo que o meu santo é mais milagreiro que o das capelas vizinhas, em vez de perceber que a eficiência vive mal
com a burocracia instalada e com a incompetência arrogante e ineficaz?
 
 
 

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