domingo, 21 de novembro de 2010

convergência

Hoje é certamente um bom dia para se falar sobre o poder, os poderosos e o exercício do poder. Uns poucos, pois não podem ser muitos, acham que ser poderoso é ser dominador e ser seguido por uma multidão de súbditos, de bajuladores e de oportunistas. Outros concordam que o exercício do poder é incompatível com o respeito pela afronta da fraqueza e da franqueza. E ainda não poucos aceitam que se não se sentir a canga do poder sobre o dorso é muito difícil conviver em respeito mútuo, em dialéctica libertadora e em empenhamento construtivo. Romper esta lógica, alicerçada na milenar experiência humana, é sempre um desafio que chega desde a prespeciva do futuro com a veemência de quem quer fazer de novo todas as coisas, lançar constantemente novas pontes de diálogo e promover uma nova ordem social em que surjam os grandes servidores, pois só eles serão os novos libertadores e os novos construtores da nova paz.
Vem esta reflexão a propósito de dois acontecimentos vividos neste fim de semana:
 O primeiro acontecimento foi a ocorrência das várias cimeiras realizadas em Lisboa: cimeira da NATO, cimeira da NATO com o Afeganistão,Cimeira da NATO com a Rússia e cimeira dos EUA com a UE. Por dois dias o meu pequeno País foi anfitrião de muitas esperanças e assistiu à procura em diálogo de novas respostas para velhos e mal vislumbrados novos problemas. Afirmar a vontade do respeito pela diversidade e pela complementariedade é só por si um acontecimento inestimável. Senti-me orgulhoso por tudo ter corrido sem incidentes, pela reconhecida e louvada organização, pela competência com que foi implementada a segurança de pessoas e de bens e com a aceitação da livre manifestação de opiniões divergentes.
 O segundo acontecimento diz respeito à celebração pela Comunidade Cristã Católica da festa de Cristo Rei. Aprendemos que só os fortes aceitam ser fracos para que os fracos possam erguer-se da sua fraqueza. Aprendemos que se reconhecermos a verdade de nós mesmos podemos ascender a um novo patamar qualitativamente superior. Ouvimos com a insuspeita autoridade do Senhor Jesus a proclamação de que a força do Amor é a única capaz de promover a libertação de cada pessoa e de toda a pessoa. A Ele presto a minha homenagem , manifesto o meu reconhecimento e a Ele adiro como Meu Senhor, como Nosso Senhor e como Senhor de todas as coisas visíveis e invisíveis.

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