domingo, 2 de maio de 2010

homenagem à vida


Hoje é dia de adquirir um ramo de flores, reais ou afectivamente imaginadas, para oferecer como gesto de gratidão ao dom da vida e a todas aquelas mulheres que ao longo da história humana assumiram não apenas o seu papel de progenitoras mas sobretudo a missão da maternidade. Uma flor para Eva, a mãe de todos os humanos que teve a ousadia de querer conhecer o "bem e o mal" e a intuição de que os seus descendentes viriam a "ser como deuses" vencendo a barreira da mortalidade. Uma flor para Maria de Nazaré que a partir da consciência da sua limitacão é capaz de acreditar que a Deus "tudo é possível" e assim se tornar na mãe da nova humanidade que, em Cristo, torna efectiva a comunhão entre a dimensão divina e a dimensão humana. Uma terceira flor para Maria, "a mulher do Serafim dos Casais Novos," aquela mulher pobre, analfabeta, batalhadora e rude como as estevas do monte, que me gerou, me embalou e me fez crescer à sombra do seu sonho e impulsionado pela sua força anímica. Esta, como as anteriores, já não faz parte do número dos mortais, mas a sua presença continua a inspirar a minha existência e a manter vivo este sentimento de profunda admiração e ilimitada gratidão.

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