sexta-feira, 4 de junho de 2010

sentimentos




Já hoje chorei! O meu amigo João Resina morreu. Após um largo período em que o seu corpo não lhe permitia expressar toda a sua realidade pessoal, apagou-se o sopro de vida que o mantinha fazendo parte dos mortais. Era um filósofo da escola de Louvaina e com ele muitos aprendemos a pensar; era um engenheiro da escola do Instituto Superior Técnico e com ele muitos aprendemos a lidar com o real; era um teólogo das melhores escolas do pensamento teológico e com ele aprendemos que a realidade humana não se esgota na temporalidade; era um convícto discípulo do Ressuscitado e com ele aprendemos que a vida de cada humano adquire a sua plenitude ao entrarmos nessa nova dimensão existencial liberta das contingências físicas, psíquicas e de todas as demais próprias das especificidades do tempo e do espaço. É animador saber que temos amigos tanto no presente transitório como no futuro definitivo.
É verdade que já hoje chorei, mas também é verdade que também já hoje rezei e juntamente com um número significativo de homens e de mulheres dei graças e anunciei a morte do Senhor, proclamei a Sua ressurreição e afirmei a certeza do Seu encontro libertador com cada pessoa e com todas as pessoas. A certeza da morte nos apresiona e a esperança da ressurreição nos liberta. Meu caro João estamos unidos no infinito amor de Deus, faz favor de Lhe dar graças e de O louvar também em nosso nome.

1 comentário:

Anónimo disse...

Agradeço-lhe esta bonita mensagem de saudade, mas também de esperança.
Conheci o Padre João Resina e dele guardo as mais belas reflexões sobre o Evangelho. A parábola do Filho Pródigo e o Evangelho de S. João, ambas centradas no amor.