quarta-feira, 7 de março de 2012

Equilíbrio

Com o avançar dos anos mais me vou convencendo que a vontade do ter, do poder e do ser é inata em cada ser humano. Tudo seria constitutivo duma dinâmica de crescimento individual e colectivo se estas três vertentes se interligassem de forma harmoniosa. O ser humano necessita de "ter" o necessário para viver com dignidade, necessita de "poder" para se afirmar como pessoa e necessita de "ser" reconhecido e aceite pelo outro individual e colectivo. Quando alguma destas vertentes é minimizada pelas demais gera-se o natural desequilíbrio que pode levar á auto-destruição e transforma-se em foco transmissor  de convivência desordenada e malévola .A vontade insaciável de"ter" origina que quem "tem" muito queira muito mais e assim tudo e todos só são válidos se contribuem para aumentar o seu "ter". A sofreguidão do "poder" tende, para se afirmar, a servir-se de tudo e todos para se fortalecer e ser reconhecido. A predominância do "ter" tende a servir-se do poder e do ser e  a predominância do "poder" tende a aliar-se aos detentores do "ter" para se  consolidar. Neste confronto quem fica a perder è sempre o "ser". Não só os grandes  e super-grandes detentores do "ter"e do "poder"fácilmente se transformam em monstros devoradores , como os carentes do mínimo de "ter" e de poder"são transformados em vítimas sacrificadas para alimento da monstruosidade. Só um grande esforço e consciência individual e colectiva pode implementar uma dinâmica que constantemente re-equilibre o "ter", o "poder" e o "ser" para que todos possam crescer e viver.


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