domingo, 27 de maio de 2012

gratidão

Um dos sentimentos mais naturais, mas também mais dignificantes é sem dúvida o sentimento da gratidão. Quando alguém se cruza connosco e nos dá prioridade mesmo quando a não tinhamos, sentimo-nos gratos. Quando alguém nos acolhe sem nos repreender mesmo que tenha razão para tal, sentimo-nos gratos. Quando alguém nos estende a mão porque tropeçámos na pedra da calçada, sentimo-nos gratos. Quando alguém nos promove para além dos nossos méritos reais ou imaginados, sentimo-nos gratos. Quando alguém toma a iniciativa de nos ajudar a levar um fardo pesado, sentimo-nos gratos. Quando alguém nos distingue e não nos trata como um anónimo, sentimo-nos gratos. Quando alguém é nosso amigo, independentemente do tipo de relação que mantemos com ele, sentimo-nos gratos. Quando alguém se alegra com o nosso sucesso e sofre em silêncio com o nosso fracasso, sentimo-nos gratos.

A gratidão mantem-nos na rota do encontro com o outro e projecta-nos para fora de nós mesmos. Sentimos que não somos o centro do universo, mas que fazemos parte dum universo relacional onde o encontro é uma maneira de ser e de estar. Ninguém é só, niguém está só, ningém se realiza só, niguém quer viver só. Por isso a gratidão é uma forma superior de viver e de conviver.
Na passada quinta-feira a minha atenção reteve e ainda se não descolou, a informação transmitida pelo evangelista João no versículo 20º do capítulo 17 do seu evagelho: Jesus rezou por todos aqueles que ao longo da história iriam crer Nele. Como a sua relação é sempre uma relação pessoal e como a sua oração é a única eficaz, surgiu em mim um sentimento de gratidão que me acompanha e um sentimento de confiança que me anima.

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