domingo, 15 de fevereiro de 2009

Reflexões de fim de semana




A semana passada foi pródiga em notícias de desemprego acelerado, ausência de prespectivas de recuperação do ânimo colectivo, acumular de tensões sociais, acréscimo de insegurança real e psicológica, enfim foi um espaço de tempo em que o sabor da incerteza nos proporcionou alguma azia. A desejada convergência de esforços tarda em chegar e as lideranças parecem mais interessadas em arregimentar adeptos que lhe proporcionem subir alguns degraus na escada de acesso ao poder, do que na procura honesta de soluções possíveis e eficazes. Chego quase a pensar se não estou a assistir ao ensaio duma tragédia anunciada. Quero acreditar que os meus receios sejam sobretudo resultado dalguma dificuldade pessoal de adaptação aos novos tempos e que aquilo que para mim surge como irresponsabilidade, demagogia, demissão, aproveitamento das fragilidades instaladas, luta pelo poder a qualquer preço, seja afinal uma estratégia bem montada visando sair da tempestade com o entusiasmo de quem descobre que não pereceu afogado. Sei que a sociedade, como qualquer organismo vivo, encerra em si o instinto da sobrevivência e que por muito tempestuosa que seja a noite sempre há-de surgir um novo dia e que esse novo dia será sempre mais luminoso que a tarde cinzenta que o precedeu.
Neste domingo participei, como é meu hábito conscientemente assumido, na celebração litúrgica da comunidade cristã católica e o apoio a todos os homens e mulheres que se empenham activamente na construção duma sociedade sempre mais renovada fez parte do conjunto de propostas transformadas em prece. Sejam aplaudidos, animados, estimados e apoiados todos quantos dão o seu melhor a favor do bem comum.

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