segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A caminho...

 
É habitual dizer que o caminho se faz caminhando, que devagar se vai ao longe, que malhando se molda o ferro, que tudo é dinâmico, que tudo é movimento. Assim sendo qualquer tentativa de compreensão da realidade a partir duma visão estática, monolítica, ou legalista  do agir e do existir está de antemão sentenciada ao desajustamento. Querer que os sapatos adquiridos na adolescência possam ser usados na idade adulta, só porque os pés são os mesmos e os sapatos são ótimos e de boa marca, é condenar o indivíduo a andar descalço, dificultando de muitas maneiras o seu caminhar. A energia é expansiva, a finitude tende para o infinito, o limitado tende a alargar as suas fronteiras.
Assim uma visão estática do ser humano em particular e da humanidade em geral conduz indubitavelmente a uma análise desajustada pois fica prisioneira do passado. Ou nos movemos a partir do sonho, da intuição do futuro a construir, da luz dum nascente, ou nos transformamos em incapazes para o diálogo motivador e gerador de ânimo libertador e força anímica.
Ontem proclamou-se de muitas maneiras e em muitos linguajares que a norma suprema  que surge diante de nós como imperativa é a de aderir à VIDA e sair ao encontro de todos os viventes. Assim eu vivo, tu vives e juntos proclamamos a VIDA.
A solidão mata, a limitação aprisiona, a finitude asfixia.

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