terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Cidadão do mundo



Na minha qualidade de português, europeu e cidadão do mundo assisti , tal como muitos milhões de homens e mulheres um pouco por todo o mundo, à tomada de posse de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos da América. A mensagem de esperança que Barack Obama é para o seu país e um pouco para o mundo em geral, neste início de milénio marcado pela dúvida, pela incerteza, pela insegurança, pelo raquitismo das ideias, pelo atropelamento dos direitos humanos, pelo acanhamento na abertura ao transcendente, surge como catalizador de novas energias rumo ao futuro. É verdade que Barack Obama , mercê das circunstâncias depressivas que a América e o Mundo estão a viver, surge aureolado duma mensagem algo messiânica e essa prespectiva tanto pode ser mobilizadora duma nova era baseada na re-leitura da carta dos Direitos Humanos, como pode congregar as forças que ao longo da História sempre trituraram os messias. Confio que Deus apoie com sabedoria, inteligência e fortaleza os lideres que sem complexos, mas com simplicidade e verdade O invocam. A vida já me vai longa e tive o privilégio de respirar um pouco do optimismo que foi a curta era de Kennedy, do fulgor da marcha de Luther King, do ar fresco que foi João XXIII, da persistência de Jaques Delord, da utopia de Olof Palme, da eficácia do perdão e da não violência demonstrados por Nelson Mandela e da força da fragilidade de Teresa de Calcutá. Seja qual for o ritmo da marcha algo de novo está a surgir. Junto-me a todos os homens e mulheres que neste dia ergueram o estandarte da esperança.

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